OS
MEIOS DE COMUNICAÇÃO E OS EDUCADORES
Em tempos de modernidade, os MEIOS DE COMUNICAÇÃO
estão revolucionando a sociedade de forma violenta e assustadora para uns e
fascinante e envolvente para outros. As constantes e rápidas inovações
estimulam o consumismo mercadológico, no intuito de atualizar, facilitar e
disponibilizar o uso dos aparelhos eletrônicos, atraindo, principalmente, jovens
e crianças em idade escolar, incentivando o entretenimento, a competição e o
domínio das novas tecnologias.
A revolução tecnológica numa sociedade que muitas
vezes não consegue acompanhar a passos largos o atropelo causado por tais
inovações pode provocar reações adversas e implicações no relacionamento humano
arraigado ao desconhecimento e incertezas, que dificultam a adaptação e
aceitação, aparentando ameaçar e
competir com os responsáveis pelo processo ensino aprendizagem, ou seja, a
Família, a Escola e a Sociedade.
Este mundo mágico e atrativo dos meios de
comunicação, que se apresenta em forma de imagens, sons, cores, movimentos, atitudes
participativas e possibilidades de acessar novos horizontes, constitui uma
ferramenta poderosa quando utilizada de forma orientada pelos educadores, como parceiros, mediadores na busca pelo
saber. O Conhecimento e o domínio das tecnologias constituem uma alavanca revolucionária
para o desenvolvimento harmônico das potencialidades física, mental, espiritual,
cultural, emocional e ética do ser humano, possibilitando a sua inserção na
sociedade como agente transformador e não apenas mero receptor de informações. Através das gerações e das diferentes formas
de comunicação usadas, desde as mais remotas até as atuais, o ser humano
aprendeu a usar o seu conhecimento para facilitar a aproximação entre os povos,
disseminar as suas conquistas científicas, políticas, econômicas, sociais e
religiosas, na expectativa de estruturar uma sociedade, em constante evolução,
mais participativa, justa e humanitária.
Nesse contexto, vale lembrar as palavras de Paulo
Freire citadas na obra Pedagogia de Autonomia, Saberes Essenciais à Prática
Educativa: “O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa,
inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono ,
meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre, mas também o de quem
intervém como sujeito de ocorrência.” ( 1996, p. 77)